Todo dia a mesma rotina. As mesmas situações. Os mesmo gestos. As mesmas palavras com as mesmas conversas. As mesmas pessoas. Tudo igual. De segunda a segunda não acontecia nada que causasse uma mudança na sua vidinha medíocre e repetitiva.
Todos os dias ele desejava que algo acontecesse que o tirasse dessa mesmice. Um acidente. Um carro que o atropelasse ou um escorregão no banheiro molhado. Mas nada acontecia.
Pensava em inúmeras coisas a se fazer, mas nunca fazia nada. Temia sair da rotina. Esse era o seu grande problema. Estava tão acostumada com o seu dia-a-dia metódico que fugir dele provocava calafrios e medos.
Todos os dias ele desejava que algo acontecesse que o tirasse dessa mesmice. Um acidente. Um carro que o atropelasse ou um escorregão no banheiro molhado. Mas nada acontecia.
Pensava em inúmeras coisas a se fazer, mas nunca fazia nada. Temia sair da rotina. Esse era o seu grande problema. Estava tão acostumada com o seu dia-a-dia metódico que fugir dele provocava calafrios e medos.
Chegara a um momento em que tudo lhe incomodava. A conversa dos amigos. A comida da mãe. O trabalho cansativo. Dormir até tarde nos fins de semana. As festas com músicas irritantes e com pessoas desinteressantes.
Já não sabia o que fazer pra mudar sua existência patética. Pensou em suicídio. Mas não acreditava que pudesse lhe ajudar. Além disso, era muito covarde para tal coisa.
Pensou em arrumar as malas e sair sem destino. Mas ficou intrigado com o que poderia lhe acontecer de mal. E mais, tinha desespero em pensar em acabar preso em um local mais quente que sua cidade.
Já não sabia o que fazer pra mudar sua existência patética. Pensou em suicídio. Mas não acreditava que pudesse lhe ajudar. Além disso, era muito covarde para tal coisa.
Pensou em arrumar as malas e sair sem destino. Mas ficou intrigado com o que poderia lhe acontecer de mal. E mais, tinha desespero em pensar em acabar preso em um local mais quente que sua cidade.
Pensou em não pensar em nada. Essa era a melhor solução. Afinal de contas, deixaria a sua vida repetitiva seguir, sem se preocupar e se importar com o fato de estar incomodado. Porém, não imaginava que no dia seguinte, no seu caminho para o trabalho o seu desejo de que algo acontecesse enfim aconteceria.
Sete horas da manhã. Acordou, e como de costume tomou apenas o café amargo e saiu para o trabalho do mesmo jeito que fazia todos os dias. O mesmo caminho, as mesmas ruas, os mesmos bares, as mesmas pessoas apressadas para mais um dia de trabalho, as mesmas senhoras caminhando com passos engraçados e desajeitados.
Parou por um instante para arrumar a calça. Olhou para o lado e bateu os olhos em algo diferente. Entre dois sacos de lixo e uma árvore qualquer avistou uma maleta. Resolveu se aproximar para ver de perto do que se tratava. Era uma maleta preta, trancada, aparentava ter sido jogada por alguém. Notou também que havia um endereço com um nome. Por isso resolveu levá-la consigo para depois tentar devolver ao dono.
Sete horas da manhã. Acordou, e como de costume tomou apenas o café amargo e saiu para o trabalho do mesmo jeito que fazia todos os dias. O mesmo caminho, as mesmas ruas, os mesmos bares, as mesmas pessoas apressadas para mais um dia de trabalho, as mesmas senhoras caminhando com passos engraçados e desajeitados.
Parou por um instante para arrumar a calça. Olhou para o lado e bateu os olhos em algo diferente. Entre dois sacos de lixo e uma árvore qualquer avistou uma maleta. Resolveu se aproximar para ver de perto do que se tratava. Era uma maleta preta, trancada, aparentava ter sido jogada por alguém. Notou também que havia um endereço com um nome. Por isso resolveu levá-la consigo para depois tentar devolver ao dono.
Durante todo o dia no trabalho ficou intrigado com a maleta. Perguntava-se o que havia dentro. Quem a jogou? Quem seria o dono? Porque dentre todas as pessoas que passam por aquela rua teria sido ele aquele quem a encontrou?
Chegou em casa. Decidiu tomar um banho rápido e logo sair para devolver a mala ao seu dono. Devolvê-la ao tal de Khabir escrito na identificação. Queria conhecer quem era o dono da maleta que pela primeira vez em muito tempo lhe fez esquecer de pensar em sua medíocre.
Chegou no endereço escrito na maleta. Eram nove e alguma coisa. Achou que já era tarde para incomodar alguém. Mas como já havia chegado ali, resolveu não desistir. E afinal de contas que se sentiria incomodado recebendo de volta um objeto que poderia ser importante.
Chegou em casa. Decidiu tomar um banho rápido e logo sair para devolver a mala ao seu dono. Devolvê-la ao tal de Khabir escrito na identificação. Queria conhecer quem era o dono da maleta que pela primeira vez em muito tempo lhe fez esquecer de pensar em sua medíocre.
Chegou no endereço escrito na maleta. Eram nove e alguma coisa. Achou que já era tarde para incomodar alguém. Mas como já havia chegado ali, resolveu não desistir. E afinal de contas que se sentiria incomodado recebendo de volta um objeto que poderia ser importante.
Adentrou o prédio. Era um prédio sujo, pequeno, localizado em uma rua estreita e mal encarada. Sentiu um frio na barriga. O porteiro lhe informou o número do apartamento. Subiu até o andar. Sentia as mãos tremendo, os lábios secos, mal sentia as pernas, como se elas tivessem vontade própria lhe conduzindo até a porta do tal de Khabir.
Bateu a porta. Bateu novamente. Uma voz grossa, típica de alguém que fuma há muitos anos urrou perguntando quem era.
— Encontrei sua maleta. O endereço marcado era desse apartamento. Por acaso o senhor chama-se Khabir?
A porta se abriu e logo ele avistou o dono da voz e possivelmente da maleta. Era um homem de uns 40 anos, barba por fazer, lembrava uma das figuras dos livros de Kerouac, mas em versão brasileira. — Entra! Entra logo, porra.
— Aonde você encontrou essa maleta?
— Sei lá. Ela tava caida em um canto de uma rua qualquer. Eu não me lembro direito—disse tremendo, nervoso, quase sem voz..
Bateu a porta. Bateu novamente. Uma voz grossa, típica de alguém que fuma há muitos anos urrou perguntando quem era.
— Encontrei sua maleta. O endereço marcado era desse apartamento. Por acaso o senhor chama-se Khabir?
A porta se abriu e logo ele avistou o dono da voz e possivelmente da maleta. Era um homem de uns 40 anos, barba por fazer, lembrava uma das figuras dos livros de Kerouac, mas em versão brasileira. — Entra! Entra logo, porra.
— Aonde você encontrou essa maleta?
— Sei lá. Ela tava caida em um canto de uma rua qualquer. Eu não me lembro direito—disse tremendo, nervoso, quase sem voz..
Continua...
2 comentários:
wow... *suspense*!
Máfia da esfiha?
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