sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

A dona aranha...

No blog da Thaís, que é atualmente um dos meus preferidos, foi postada uma história bacaninha sobre o relacionamento fugaz entre ela e um quase-percevejo que invadiu o seu quarto. Lendo esse post, me lembrei do meu atual relacionamento com um bichinho que também invadiu meu espaço.
Há mais ou menos duas semanas, uma daquela aranhas pequenas apareceu no meu quarto. Segundo a minha mãe, é uma daquelas aranhas de banheiro, daquelas que ficam em um cantinho da casa comendo pequenas moscas que grudam em suas teias. Tão minúsculas que com a ponta do chinelo pode-se esmagá-las.
A primeira vez que eu notei a minha nova roommate eu estranhei, pois sempre acreditei que essas aranhas só aparecessem em lugares sujos, que não é o caso do meu quarto, e em banheiros, como eu havia dito anteriormente. Logo, o surgimento desse pequeno aracnídeo é um pouco inusitado. E só pela ousadia dela, eu resolvi deixá-la lá, quietinha no canto dela, dividindo comigo o pequeno espaço do meu quarto.
A Vanessão (como eu a batizei, sem saber sem ela é ele) fica pendurada entre o meu computador e os meus cds, totalmente indiferente ao mundo ao seu redor. Nem sequer nota o perigo assassino da minha mãe ou a proximidade da minha mão ao ligar o computador, qualquer deslize poderia ser fatal para um bichinho tão pequeno.
Vanessão não é um parasita. Ela é um pouco suja, é verdade. Faz teias como uma velhinha solitária faz tricô. Mas ela é um inseto tão singelo. Tão frágil. Tão engraçadinho que às vezes esqueço que ela tem sujado o meu quarto. O modo como ela dança seu balé pelas teias, como se alimenta delicadamente e como se afugenta com o primeiro indicio de vento são responsáveis pela personificação que eu fiz dela. Ela me faz lembrar as menininhas magrelas que dançavam balé com a minha sobrinha.
Entretanto, a estadia de Vanessão tá com seus minutos contados, apesar de apreciar a companhia. Amanhã é dia de faxina aqui em casa, o dia em que a minha mãe acorda encapetada por limpeza e organização. E a vassoura dela nunca teve tanta sede de morte como nesses últimos dias. Vanessão terá que arrumar um outro canto no quarto de outro bobo sentimental ou conhecerá a fúria da minha mãe em um sábado de manhã.

Vanessão no limite da morte

Update: Vanessão is dead (Dom, 14/12/08 - 18:40)

2 comentários:

Karina disse...

amay a Vanessão... qdo eu era pequena eu ficava tão feliz quando conseguia salvar um insetinho indefeso qualquer, tipo formiga dentro da pia qdo se tá lavando a louça? me sentia quase como uma militante do GreenPeace! hahahahahahahaha

Thaís disse...

cara, isso não é papa-mosca não!
papa-mosca é gorduchinha e meio listrada, essa aí tá mais pra Aragogue (vide Harry Potter).

ps.: viva os insetos roommate.