domingo, 28 de setembro de 2008
terça-feira, 23 de setembro de 2008
Yatta!
Como já se tornou um algo comum falar sobre cultura pop nesse espaço, hoje eu resolvi falar de uma das minhas maiores fixações televisivas atuais: Heroes. Eu me autodefino como um fã maníaco (Mark Chapman mode on) de algumas séries. Daquele tipo de cara que não perde um episódio e fica esperando madrugadas a fio para conseguir fazer o download de um novo episódio. E Heroes é uma dessas séries que me auxiliam com a insônia. Eu até acreditava que esse meu comportamento fosse um pouco anormal, até escutar do médico que trata da minha saúde mental, que ele também era maníaco por Heroes, e que no seu curto espaço de tempo disponível ele assiste todas as séries que fazem um nerd feliz (pra ser sincero, nós ficamos boa parte do meu horário de consulta conversando sobre Heroes e Star Trek).
Existe algo em Heroes que eleva o meu fanatismo aos níveis mais altos. Algo que talvez eu não consiga explicar, mas consiga sentir. E como qualquer dose de fanatismo sempre prejudica o lado crítico de qualquer individuo, eu não sou uma boa pessoa para argumentar sobre a série. Qualquer tipo de argumento torna-se persuasivo. Ou eu o defendo até trincar os dentes, ou encarno o Rubens Edwald Filho, chato, marrento e se sentindo o crítico dono da verdade.
Porém, como estou no aguardo do início do terceiro capítulo (que começou hoje na gringa), e como eu acordei me sentindo o crítico da SET, resolvi fazer algumas divagações sobre o que achei do “Generations” ou também conhecido como segunda temporada. Temporada esta que pode ser considerado morna, ou até mesmo ruim. E foram vários os motivos que estragaram essa temporada: personagens novos sem charme, personagens antigos em dilemas muitas vezes beirando o patético, foco em algumas historias ruins, uma trama confusa com gosto de dèjá vu e principalmente, a greve dos roteiristas que acabou decapitando a série em seu melhor momento e resumindo-a a apenas onze episódios. Vendo por esse lado, parece que existem mais coisas a serem ditas sobre o que não deu certo, do que realmente deu. E eu começarei falando sobre o que não deu.
Comecemos pelos novos personagens. O grande problema de séries como Heroes e Lost, que possuem um certo inchaço de personagens principais, é a introdução de novos personagens. Nessa temporada de Heroes, foram apresentados cinco novos personagens (sem contar o namoradinho voador da Claire). A começar pelos irmãos latinos Maya e Alejandro, que podem ter sua participação resumida em uma palavra: CHATO! A única função visível de ambos foi pra representar a cota latino-americana pobre sofredora à lá Maria do Bairro. O mesmo aconteceu com Mônica, que tinha um poder interessante, mas ficou naquela coisa menina do guetto sofredora com super poderes.
Entretanto, os outros dois personagens foram deveras interessantes. Primeiro tivemos Elle, a mocinha do choque. Eu sou meio suspeito pra falar sobre ela, pois sou um antigo fã de Verônica Mars, e toda série que trouxer Kristen Bell fazendo uma adorável pentelha, eu aplaudo de pé. Mas colocando o meu fanatismo de lado, a inconstante Elle foi uma grande aquisição a série (a cena em que ela espia Claire dentro de um carro em frente a uma praia é honrosa. Só faltou a câmera pra fazer os fãs da Verônica terem orgasmos múltiplos).
A segunda melhor coisa dessa temporada foi a aparição de um novo personagem que até então apenas havia sido citado: Takezo Kensei/ Adam Moroe.
Aquele Takezo Hensei, herói do Hiro, que foi citado inúmeras vezes na primeira temporada finalmente deu as caras. E tudo começou com o teletransporte de Hiro para o Japão feudal. O público conheceu Takezo, que não era japonês e sim britânico, não era herói e sim um bêbado fanfarrão, que podia se regenerar (algo parecido com o poder da Claire) e que tornou-se um herói com a ajuda de Hiro, ao mesmo tempo em que tornou-se inimigo mortal deste.
O mais sensacional foi descobrir que esse mesmo Takezo tornar-se-ia Adam Monroe, um cara que padecia do mal de Highlander (o que faz acreditar que Claire e Peter que possuem o mesmo poder, também sejam imortais), que quatrocentos anos depois vingaria-se do seu inimigo do passado (Hiro) e seria o grande vilão desse temporada (a partir do momento em que o grande vilão da série, Sylar, estava sem poderes e totalmente sem graça). Acho que dá pra dizer que os momentos mais bacanas dessa temporada se resumem a participação do Adam.
Enfim, com uma trama desgastada e personagens em crises existenciais, a segunda temporada pode ser resumida em altos e baixos, mais baixos do que altos. Momentos que renderiam boas cenas (como a luta entre Peter e Hiro) e até mesmo explicações plausíveis sobre os poderes de alguns personagens, foram deixadas em segundo plano concomitantes com a necessidade de encurtar a história e deixar um gancho para chamar a atenção do público para a próxima temporada. Esses e outros fatores que eu poderia citar por horas a fio foram responsáveis por uma temporada mediana, mas ao que tudo indica, com o findar da serie, o esse segundo capitulo fará mais sentido do que agora, segundo a afirmação do ator que interpreta o Peter.
De qualquer forma, a terceira temporada começa hoje (22/09), e me parece que tem tudo pra ser uma grande temporada. A começar pelo título do terceiro capitulo (Villains), pela premissa (every hero is a villain) e pelos trailers que já me deixaram entusiasmado.
segunda-feira, 8 de setembro de 2008
Malditas ervilhas
-mãe, tira a ervilha da minha comida.
-por quê?
-porque eu odeio ervilhas, odeio ter que separá-las. Não sei porque você coloca essa coisa ruim na comida.
-porque dá sabor, e além do mais, o senhor precisa comer coisas que te façam bem.
-e desde quando alguma coisa que venha numa lata faz bem?
-desde que eu disse que faz.
-cê podia para de usar ervilha pelo menos na torta. Fica um gosto de frango com vela.
-mas eu gosto e vou continuar usando.
Algum dia do ano de 2008:
-pô mãe, você colocou ervilha de novo?
-é pra dar sabor.
-só se for sabor de parafina. Eu odeio ervilha, mãe. Muito mesmo.
-nossa, não sabia disso.
-mãe, eu venho te dizendo isso nos últimos quinze anos.
-mas não sabia que era assim.
-era só olhar o meu prato de domingo que você teria a resposta.
-se você tivesse me falado eu não teria colocado.
silêncio ofegante
-tá bom então, agora que você já sabe, por favor, não coloque mais ervilha ou milho em qualquer prato que eu gosto. Nem no arroz, na empada, na salada de maionese, e muito menos na torta de frango, certo?
-fechô então.
Neste domingo acordo e sinto o cheiro de um dos meus pratos prediletos: arroz de forno. Com muito tudo. Molho com carne moída, presunto, mussarela, queijo prato derretido e...ervilhas. Centenas, milhares delas, todas tão verdinhas e sorridente, espalhadas por todos os cantos do meu prato. Pareciam pequenos mostrinhos verde com olhares vitoriosos que diziam: "vencemos mais uma batalha, bitch. Agora me come".
paint é a nova tendência