Conheci a Fernanda há uns dois anos em uma situação mais forjada do que casual. Ela era uma das meninas mais populares entre meu grupo de amigos devido ao certo efeito que causava entre os meninos e eu era um dos poucos que não havia sido apresentado a esse efeito. Pra mim ela era apenas uma garota normal. Altura mediana, corpo bacana envolvido em algumas peças de roupas “diferentes”. Nada que chamasse atenção dos meus hormônios ou dos meus olhos distraídos.
Não me lembro exatamente como a Fernanda entrou na minha vida. Tudo aconteceu tão depressa. Apenas me lembro que recebi um e-mail em que ela dizia estar interessada em mim e de repente lá estava eu arrebatado pelo seu efeito. De lá pra cá foram dois longos anos em que transitei do menino desinteressado ao cara de coração quebrado e humilhado.
Saímos algumas poucas vezes durante esse tempo. Nada sério. Era algo que acontecia. Ela precisava de um ombro e eu tava lá. E eu não fazia questão de ser usado. Era uma parte do nosso contrato. E quanto a isso, ela sempre me fez questão de lembrar que na primeira vez em que ficamos eu disse que não procurava nada sério.
Durante um tempo, eu perdi o roteiro da história. Não sabia mais o que eu tava fazendo, o que fazer e como dizer que agora eu queria algo sério. Eu tava apaixonado. No entanto, sabia que ela não iria esquecer a história do “nada sério”. Talvez por isso, ela fez questão de me machucar toda vez em que disse o quanto gostava dela. Tanto fez até o dia em que me despachou de vez.
O que me chama mais atenção é que quando eu penso na Fernanda, eu não me lembro da nossa primeira conversa ou a primeira vez que nos beijamos. Eu só consigo lembrar da última vez em que a vi. Talvez porque por muitas vezes imaginei como seria esse momento. Se teria lagrimas, gritos, sangue ou um impossível final feliz.
Mas tudo o que acabei tendo foi a certeza de que ela já não era a menina que alegrava as minhas noites. Agora ela era apenas o medo da solidão e de suas novas responsabilidade.
A menina que não queria que eu a visse como uma mau caráter já não me olhava nos olhos e nem me sorria. Tentava de todas as formas mostrar que eu era indiferente. Mas talvez por consideração, se despediu a sua maneira.
-Boa sorte com a sua nova vida – disse ela, me evitando com o olhar.
-O mesmo pra você – respondi.
Naquele momento já na havia mais paixonite e risadinhas bobas, apenas saudade de tudo o que a gente nunca foi.
Pra ouvir: All I Want – LCD Soundsystem
Não me lembro exatamente como a Fernanda entrou na minha vida. Tudo aconteceu tão depressa. Apenas me lembro que recebi um e-mail em que ela dizia estar interessada em mim e de repente lá estava eu arrebatado pelo seu efeito. De lá pra cá foram dois longos anos em que transitei do menino desinteressado ao cara de coração quebrado e humilhado.
Saímos algumas poucas vezes durante esse tempo. Nada sério. Era algo que acontecia. Ela precisava de um ombro e eu tava lá. E eu não fazia questão de ser usado. Era uma parte do nosso contrato. E quanto a isso, ela sempre me fez questão de lembrar que na primeira vez em que ficamos eu disse que não procurava nada sério.
Durante um tempo, eu perdi o roteiro da história. Não sabia mais o que eu tava fazendo, o que fazer e como dizer que agora eu queria algo sério. Eu tava apaixonado. No entanto, sabia que ela não iria esquecer a história do “nada sério”. Talvez por isso, ela fez questão de me machucar toda vez em que disse o quanto gostava dela. Tanto fez até o dia em que me despachou de vez.
O que me chama mais atenção é que quando eu penso na Fernanda, eu não me lembro da nossa primeira conversa ou a primeira vez que nos beijamos. Eu só consigo lembrar da última vez em que a vi. Talvez porque por muitas vezes imaginei como seria esse momento. Se teria lagrimas, gritos, sangue ou um impossível final feliz.
Mas tudo o que acabei tendo foi a certeza de que ela já não era a menina que alegrava as minhas noites. Agora ela era apenas o medo da solidão e de suas novas responsabilidade.
A menina que não queria que eu a visse como uma mau caráter já não me olhava nos olhos e nem me sorria. Tentava de todas as formas mostrar que eu era indiferente. Mas talvez por consideração, se despediu a sua maneira.
-Boa sorte com a sua nova vida – disse ela, me evitando com o olhar.
-O mesmo pra você – respondi.
Naquele momento já na havia mais paixonite e risadinhas bobas, apenas saudade de tudo o que a gente nunca foi.
Pra ouvir: All I Want – LCD Soundsystem