Ela devia ter uns 26 anos, olhos pequenos, nariz com certo charme rústico, um andar um tanto quanto irregular e engraçado, pernas finas e sempre costumava falar no imperativo. Vestia quase sempre aquela mesma blusa verde com listras pretas ou aquela vinho do nosso primeiro encontro. Havia algo estranho na menina da blusa listrada, e eu me perguntava o tempo todo o que era, enquanto salivava por ela.
Talvez fosse a maneira como ela pegava em minha mão enquanto mudava as marchas do carro, ou os assuntos que ficavam criativos e mais interessantes quando saiam da boca dela ou até mesmo as músicas ruins que tornavam-se boas perto dela. Não sabia bem o que era mas ainda assim eu acreditava que havia algo errado com ela, afinal, o que uma menina tão interessante fazia com um cara estranho como eu.
Durante as poucas semanas em que ficamos juntos, pouco falamos um ao outro. Nosso relacionamento ficou em inúmeras situações restrito ao sexo. Sexo no estacionamento, no chão, no banheiro do bar, no parque e uma tentativa embaraçosa no cinema. Algumas das melhores trepadas da minha vida, seguidas de longos cochilos.
A intenção talvez fosse continuar a ser desconhecidos que eram próximos de alguma maneira. De certa forma, a gente era uma canção do Wilco. Intensa, experimental, repleta de altos e baixos e extremamente curta.
Rompemos aquilo que de alguma forma chamávamos de relacionamento numa sexta-feira, sem necessariamente romper. Terminamos exatamente como começamos. Um pra cá, outro pra lá e a sensação de que ainda havia algo errado.
Pra ouvir: Rilo Kiley – Does He Loves you?
Talvez fosse a maneira como ela pegava em minha mão enquanto mudava as marchas do carro, ou os assuntos que ficavam criativos e mais interessantes quando saiam da boca dela ou até mesmo as músicas ruins que tornavam-se boas perto dela. Não sabia bem o que era mas ainda assim eu acreditava que havia algo errado com ela, afinal, o que uma menina tão interessante fazia com um cara estranho como eu.
Durante as poucas semanas em que ficamos juntos, pouco falamos um ao outro. Nosso relacionamento ficou em inúmeras situações restrito ao sexo. Sexo no estacionamento, no chão, no banheiro do bar, no parque e uma tentativa embaraçosa no cinema. Algumas das melhores trepadas da minha vida, seguidas de longos cochilos.
A intenção talvez fosse continuar a ser desconhecidos que eram próximos de alguma maneira. De certa forma, a gente era uma canção do Wilco. Intensa, experimental, repleta de altos e baixos e extremamente curta.
Rompemos aquilo que de alguma forma chamávamos de relacionamento numa sexta-feira, sem necessariamente romper. Terminamos exatamente como começamos. Um pra cá, outro pra lá e a sensação de que ainda havia algo errado.
Pra ouvir: Rilo Kiley – Does He Loves you?