quinta-feira, 28 de agosto de 2008

'causeweknowallthewords, ok?

(imagem: my name is indie)

domingo, 24 de agosto de 2008

De paraquedas

Quando eu tinha uns 14 anos eu gostava muito do Coldplay. Me arrisco a dizer que talvez fosse a minha banda preferida naquela época. Foi nesse período em questão que foi lançado o Parachutes, que sem duvidas é o melhor cd da banda e talvez um dos mais interessantes da década e o meu preferido deles. Com o lançamento desse cd, o Coldplay tornou-se automaticamente em meados de 2000 a maior sensação e a banda mais promissora do cenário indie britânico, fazendo com que soasse extremamente cool gostar do som dos caras.
O Parachutes tinha uma certa dramaticidade emocional e existencial mesclada com uma certa dose de otimismo e com a voz melancólica/chorosa do vocalista franzino. Algo que diferenciava a Coldplay da maioria das bandas populares daquele momento. Algo que fazia com que eu, no alto da minha experiência adolescente encontrasse a minha trilha sonora perfeita.
O primeiro single era uma boa prova disso. Yellow é uma doce canção de amor com um dos riffs de guitarra mais chicletes da década. Além disso, Yellow era uma das músicas mais bonitas que havia ouvido nos meus “experientes” 14 anos. Hoje, é uma daquelas canções típicas que me fazem lembrar alguém/um lugar/um momento, etc.
Porém o tempo passou, o meu gosto musical evoluiu e o Coldplay mudou. E como mudou. Aquela banda bacanuda do começo da década agora fazia canções sem charme e cds inferiores ao primeiro disco. E como em um “passe de mágica” eles se transformaram em uma banda uncool para boa parte da crítica e de seu antigo público alternativo, que não mais se permitia gostar de uma banda tão popular. Agora, os novos fãs da banda eram em sua maioria (mas não somente) o público teen da MTV e o pessoal “eclético”.
Algo parecido com o que aconteceu com o Travis. Nos idos de 2000, eu me lembro que todas as revistas musicais destacavam o The Man Who como uma das maiores obras primas de começo de década/século. Me lembro também de todo aquele boniteza existente em Why Does It Always Rain On Me. Assim como me lembro que dois anos depois de toda essas baba-ovice (sic), o mundo já havia enterrado o Travis como a antiga-nova-banda-promessa-salvaçao-do-rock. Agora a “salvação do rock” viria de Nova York (mas essa nova promessa também não duraria mais de dois anos).
Eu assumo que no meio da década já não me interessava mais pelo som do Coldplay (e do Travis também). Isso pode até soar como uma espécie de síndrome de underground da minha parte, mas é fato que a maioria das novas músicas eram tão redondinhas para as estações de rádio, que eu não conseguia mais ouvi-las com os mesmo ouvidos. Mas é fato também que eu odiava aquela ceninha alternativa que estava surgindo (tanto a múscia como a estética moderno-retrô). Não havia nada de interessante nela. Nada que conseguisse compará-la a segunda invasão musical inglesa ocorrida durante a década de 90 (também conhecida como Britpop). Essa sim tinha qualidade.
O motivo que me fez escrevinhar esse texticulo veio do fato de que anos depois de ter desistido do Coldplay (o que ocorreu depois de ter escutado o X&Y) eu resolvi ouvir o mais recente cd deles, o Viva La Vida, devido aos argumentos convincentes da Thalita que me disse que era um cd diferente e bom.

Então eu resolvi utilizar um pequeno espaço do meu precioso tempo ocioso para ouvi-looo. Posso dizer que após varias audições do álbum em questão, eu devo admitir que é um ótimo disco. Melhor que o X&Y, mas inferior aos outros (devo lembrar que essa é minha opinião, e que cada um tem a sua, certo?).
Eu, pessoalmente, que não esperava muito me surpreendi em algumas faixas, mas acredito que aqueles que estavam esperando o tão prometido disco ousado, provavelmente ficaram decepcionados.
O que se pode dizer é que é o mesmo Coldplay de sempre, mas diferente. Dá pra perceber que é uma banda querendo ousar, mas com um certo receio. E quando eles conseguem ousar, saem as melhores faixas do álbum.
Life in Technicolour, Strawberry Swing (que tem o melhor nome de música), Yes e Chinese Sleep Chant (que é sem duvidas a melhor canção do álbum, na minha opinião. Ela me faz lembrar até um pouco das bandas (de) Shoegaze que eu gosto) são as melhores canções do Viva La Vida. A faixa título também é bem legal, lembra as melhores canções da banda. As outras faixas, principalmente Violet Hill, não me convenceram muito, por isso prefeiro apertar o next. Apesar de ter me surpreendido, não acho que seja o melhor cd da banda. Sem fazer comparações com o passado, mas tem algo ali que ta faltando. E na minha humilde opinião de leigo no assunto, posso dizer que não me satisfez sonoramente. Acabei preferindo o cd da digníssima primeira-dama Carla Bruni (qualquer dama respeitada que em uma música compara o amor aos efeitos de uma droga colombiana merece meu respeito eterno).

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Meninas bonitas que roncam, por favor evitem dormir em ônibus ou qualquer local público.
Ronco feminino consegue ser mais brochante do que chegar em casa bêbado em um domingo de manhã e encontrar a mãe andando de baby doll vermelho pelo corredor.