domingo, 22 de junho de 2008

Não há lugar como a...ilha?

Há alguns dias eu assisti o episódio final da quarta temporada de Lost. Eu sou meio suspeito pra comentar o que eu achei do episódio em questão, por ser um grande fã da série, mas mesmo assim eu resolvi expor as minhas considerações acerca desse final de temporada.
Apesar de achar que Lost perdeu muito a mão em meados da segunda pra terceira temporada, os episódios finais do terceiro ano deram uma repaginada no programa e de certa forma trouxeram de volta toda aquela inovação do primeiro ano. Pra falar a verdade o que me animou para essa temporada foi o “Through The Looking Glass”, que pra quem não sabe foi o último episódio da terceira temporada. Na minha opinião, este foi um episódio divisor de águas. Quem andava meio desanimado com a mesmice do que acontecia na ilha levou um up ou brochou de vez. No meu caso, eu acredito que a história só saiu ganhando com a introdução dos flashfowards.
Mas voltando ao assunto quarta temporada, eu, particularmente acho que foi a melhor desde a primeira. E como todo mundo já sabe, primeiras temporadas de séries bacanas são hors-concours (vide 24 Horas, Heroes, Os Sopranos), o que qualifica esta última como a melhor até então.
Acredito que um dos motivos principais (além dos flashfowards) que deixaram essa temporada tão bacanuda foi o fato dela ter sido mais curta (14 episódios em comparação aos usuais 23, 24 das anteriores). Ou seja, menos enrolação, menos episódios desnecessários e mais “momentos decisivos”.
Sobre a season finale, não foi a melhor na minha opinião, mas com certeza foi um grande fechamento para um ótimo ano. Acredito que diferente do final da terceira temporada, não havia muito o que se esperar de tão “uau” nesse episódio. Já dava pra imaginar muito do que iria acontecer, apesar de não saber como aconteceria, acredito que muitos já tinham uma idéia do que havia por vir a partir dos dez minutos inciais. Eu não esperava muito de um episódio chamado “Não há lugar como o lar” a não ser mostrar como se deu a volta dos “Ocean Six” ao...lar. Além disso, os episódios anteriores a esse, já haviam mostrado muito do que aconteceria, como a morte do Jin, a Kate como a nova mãe do Aaron e o poder de persuasão do Ben sobre os ex-habitantes da ilha.
Entretanto, esse episódio teve bons momento que mereceram vários “uau” e “putaqueopariu”. Como o barco explodindo com o Jin e o Michael, o reencontro da Pen e do Desmond, a Sun em uma possível aliança com o Windmore e principalmente o Ben movendo literalmente a ilha com uma roda de burro (o que transforma Lost em uma serie mezzo drama, mezzo ficção cientifica) e o Locke como “o corpo dentro do caixão”. Por falar em Locke, o que realmente me deixa curioso até os ossos é pra saber o que de tão ruim aconteceu com o povo da ilha depois da saída de Jack e Cia. A única coisa que faltou nessa temporada foi uma espécie de um pitaquinho sobre o futuro/presente daqueles que permaneceram na ilha.
Em suma, foi um ótimo fechamento para uma ótima temporada (isso já ta ficando redundante), repleta de ganchos e dúvidas para os próximos capítulos. Coisa que os fãs terão que esperar um ano se mordendo de curiosidade pra saber o que se sucede. É por isso que é maravilhoso amar e odiar Lost. Você espera um ano inteiro pra descobrir o que vai acontecer e quando a temporada chega ao final fica aquela sensação de “cuma?”.